A música Tears Of Blood do interprete Joseph Stones faz-nos aprofundar em assuntos até então sepultados pelo tempo. ''DJ'' CARPEPOR JEFF DANTAS.
Joseph Stones nasceu e cresceu no estado do Rio de Janeiro. Na música, iniciou seus trabalhos a partir de 2003, com o grupo de punk rock “Deffection”. Anos mais tarde, em 2006, cria, com o suporte do amigo, Moonchild, a chamada “Sekhmá”. A banda, voltada aos fãs de death metal, permanece na ativa por 01 ano. Com o término do grupo,em 2007, uma nova proposta é criada, “Murderous Barbies From Hell”. O projeto em si, focado no horror rock, trazia, como grande diferencial, a participação de Joseph nos vocais e na bateria. O ano de 2008 foi marcado por uma série de mudanças. A principal, diga-se de passagem, aconteceu a partir da criação de “Babylon Business”. A iniciativa marcava um período de aprimoramento pessoal na vida do músico Joseph Stones, que culminaria, nos meses seguintes, no lançamento de 09 faixas, e na realização de diversos shows. Paralelamente a isso, são criados mais dois projetos, o primeiro, “Third Age Unplugged”, focado na realização de versões acústicas da Babylon, e o segundo, e mais atual “Stigmata XXI criado em 2009. O primeiro álbum do stigmata foi lançado em 2010 intitulado The Rebirth Of The Sinner seguido pelo ep Tears Of Blood Are Going Like A Tsunami In My Mouth,ambos são produções independentes e percorrem com a ajuda de amigos pela Alemanha,u.s.a e França.Apesar da precariedade do material se vê uma criatividade não muito vista em nossas terras ardecidas. O Mr. Stones como é chamado pelos estrangeiros lançou esse ano o seu segundo EP Deaf And Cold,o disco marca a finalização do álbum conceitual 'The Rebirth Of The Sinner', o primeiro álbum do projeto, Apresentando faixas novas que não apareceram no full-lenght, o ep mostra uma atmosfera de melancolia com melodias angustiantes, e outras com boas orquestras.
Aqui no Brasil o brado atmosférico de Joseph engatinha até os ouvidos dos brazucas,mas sem dúvida é um dos projetos mais minimalistas em nossa cena musical.
Acompanhe abaixo uma entrevista exclusiva e veja o que pensa o criador das stigmas do século XXI.
''DJ'' CARPE RESGATE: Olá Joseph, primeiramente eu quero agradecer sua presença, seja bem-vindo ao resgate.
Você produz com o stigmata XXI uma proposta musical pouco divulgada na cena nacional e morando no rio de janeiro onde o expoente musical dessa cidade se conhece muito bem.
Como é fazer experimentalismo no meio dessa cultura carioca e com pouca visualização nacional diante do seu estilo sonoro?
Joseph Stones: É realmente complicado fazer qualquer espécie de estilo musical no meio de uma cidade, e até mesmo de um país que tem tão pouca cultura geral nesse aspecto. Fazer este tipo de estilo para mim é mais uma questão de gostar do que faz e de querer passar minha música do que uma questão financeira, o fato mesmo é que a maioria de fãs que conquistei, são pessoas de fora do país. Mas não é algo a ser abalado.
''DJ'' CARPE RESGATE:O seu primeiro álbum é o único full – lenght até então, lançado em 2010, depois você elaboro no mesmo ano o ep Tears Of Blood Are Going Like A Tsunami In My Mouth e o mais recente Deaf And Cold lançado esse ano.
Gostaria que você falasse um pouco sobre a abordagem desses trabalhos e suas diferenças. Joseph Stones:Em termos de diferença o temos o The Rebirth Of The Sinner e o Deaf And Cold, que são uma extensão um do outro, no Deaf And Cold existem faixas que não coloquei no álbum por conta da coerência entre as temáticas... Mas ambos exploram o lado progressivo, ainda puxando para algo com a levada de Pink Floyd, Nick Cave, e grupos do gênero. Mas com o Tears Of Blood e as composições mais atuais já começo a deixar de lado a temática pessoal que tinha no primeiro álbum, e começo a explorar o lado mais religioso/cultural pagão, jogando com faixas ambientes, góticas, marciais e folk... No momento estou focado muito no hermeticismo, em um tema mais melancólico e apocalíptico.
JEFF DANTAS RESGATE: Na sua visão, o que difere o seu projeto de
outras iniciativas?
Joseph Stones: Primeiramente, você percebe (na fase atual) que a cena independente é apenas puro rock'n roll e heavy metal. A maioria dos apreciadores de música não acredita que possa existir peso, sem existir guitarras. Creio que o “obscuro” ou “assombroso” está muito além deste estereótipo. É isso, aliás, que quero mostrar, e acredito que esteja dando certo. Acabo revelando, através da minha música, o “peso” no lirismo, na atmosfera das canções, dando uma visão ritualística, quase fúnebre a elas. Não digo que meu projeto seja diferente de outras iniciativas, porque sei que existem outros bons nomes como “Posthuman Tantra”, “Nurse With Wound” e “Current 93”. Por outro lado, acredito que meu projeto se destaque ao menos, na cena independente atual.
JEFF DANTAS RESGATE: Que artistas ou bandas lhe servem ou serviram de influências?
Joseph Stones: Sempre me influenciei em artistas e grupos que tiveram grande importância na minha formação musical: 'Nick Cave And The Bad Seeds', 'Bauhaus', Nurse With Wound’, ‘Death In June’, ‘Current 93’, e, por incrível que pareça em uma banda de Death Rock/Neofolk dos Estados Unidos, a “1476”.
JEFF DANTES RESGATE: Quais são as ferramentas utilizadas na divulgação do seu trabalho?
Joseph Stones: Uso não só as entrevistas feitas, como o Myspace, Facebook, além de colaboradores que residem na Europa como a 'Satan's Nun', da Alemanha. Uso também o Orkut, para a divulgação nacional, digamos assim.
JEFF DANTES RESGATE: Porque Stigmata XXI? Existe algum paralelo com o filme de 1999, protagonizado pelo ator Gabriel Byrne?
Joseph Stones: Quem dera tivesse tamanha inteligência para tal. O nome Stigmata XXI, expressa todo meu interesse por culturas e religiões (pois é dito de que na maioria das culturas e religiões estigmas aparecem nas pessoas). Não sou cristão, nem algo parecido, mas tenho um pensamento de que tudo é uma coisa só, um organismo apenas, por isso a escolha do nome Stigmata. Já o XXI, representa o tempo em que vivo, e que para mim, e para grande parte dessa geração será a última época (a não ser que alguém consiga passar deste século para outro). Sobre o filme, gosto bastante dele, ele consegue representar as histórias reais de quem sofre ou sofreu disto. Já Gabriel Byrne é um ator brilhante, na minha opinião.
JEFF DANTAS RESGATE: Qual o maior obstáculo enfrentado?
Joseph Stones: O maior obstáculo está na divulgação. Como sou a única pessoa trabalhando diretamente nele, a dificuldade tende a ser muito maior. Mesmo com um povo tão diverso, o Brasil ainda é um país com gosto bastante limitado.
JEFF DANTAS RESGATE: É correta a associação entre o projeto e a subcultura gótica? Que elementos deste universo estão presentes nas músicas da Stigmata?
Joseph Stones: Primeiramente, o lirismo. Tenho como referências Allan Poe, Lovecraft, Lord Byron, Oscar Wilde, entre outros. Agora, musicalmente falando, temos ainda, a presença dos temas assombrosos, fúnebres e melancólicos.
''DJ'' CARPE RESGATE: Para encerrar nos indique uma música do stigmata XXI para postarmos ao público e nos fale o porquê da escolha.
Joseph Stones: Eu vou indicar a Tears Of Blood, pois representa independência... Novos horizontes, novas chances, mostrar do que eu mesmo sou capaz.
TEARS OF BLOOD
Aqui no Brasil o brado atmosférico de Joseph engatinha até os ouvidos dos brazucas,mas sem dúvida é um dos projetos mais minimalistas em nossa cena musical.
Acompanhe abaixo uma entrevista exclusiva e veja o que pensa o criador das stigmas do século XXI.
''DJ'' CARPE RESGATE: Olá Joseph, primeiramente eu quero agradecer sua presença, seja bem-vindo ao resgate.
Você produz com o stigmata XXI uma proposta musical pouco divulgada na cena nacional e morando no rio de janeiro onde o expoente musical dessa cidade se conhece muito bem.
Como é fazer experimentalismo no meio dessa cultura carioca e com pouca visualização nacional diante do seu estilo sonoro?
Joseph Stones: É realmente complicado fazer qualquer espécie de estilo musical no meio de uma cidade, e até mesmo de um país que tem tão pouca cultura geral nesse aspecto. Fazer este tipo de estilo para mim é mais uma questão de gostar do que faz e de querer passar minha música do que uma questão financeira, o fato mesmo é que a maioria de fãs que conquistei, são pessoas de fora do país. Mas não é algo a ser abalado.
''DJ'' CARPE RESGATE:O seu primeiro álbum é o único full – lenght até então, lançado em 2010, depois você elaboro no mesmo ano o ep Tears Of Blood Are Going Like A Tsunami In My Mouth e o mais recente Deaf And Cold lançado esse ano.
Gostaria que você falasse um pouco sobre a abordagem desses trabalhos e suas diferenças. Joseph Stones:Em termos de diferença o temos o The Rebirth Of The Sinner e o Deaf And Cold, que são uma extensão um do outro, no Deaf And Cold existem faixas que não coloquei no álbum por conta da coerência entre as temáticas... Mas ambos exploram o lado progressivo, ainda puxando para algo com a levada de Pink Floyd, Nick Cave, e grupos do gênero. Mas com o Tears Of Blood e as composições mais atuais já começo a deixar de lado a temática pessoal que tinha no primeiro álbum, e começo a explorar o lado mais religioso/cultural pagão, jogando com faixas ambientes, góticas, marciais e folk... No momento estou focado muito no hermeticismo, em um tema mais melancólico e apocalíptico.
JEFF DANTAS RESGATE: Na sua visão, o que difere o seu projeto de
outras iniciativas?
Joseph Stones: Primeiramente, você percebe (na fase atual) que a cena independente é apenas puro rock'n roll e heavy metal. A maioria dos apreciadores de música não acredita que possa existir peso, sem existir guitarras. Creio que o “obscuro” ou “assombroso” está muito além deste estereótipo. É isso, aliás, que quero mostrar, e acredito que esteja dando certo. Acabo revelando, através da minha música, o “peso” no lirismo, na atmosfera das canções, dando uma visão ritualística, quase fúnebre a elas. Não digo que meu projeto seja diferente de outras iniciativas, porque sei que existem outros bons nomes como “Posthuman Tantra”, “Nurse With Wound” e “Current 93”. Por outro lado, acredito que meu projeto se destaque ao menos, na cena independente atual.
JEFF DANTAS RESGATE: Que artistas ou bandas lhe servem ou serviram de influências?
Joseph Stones: Sempre me influenciei em artistas e grupos que tiveram grande importância na minha formação musical: 'Nick Cave And The Bad Seeds', 'Bauhaus', Nurse With Wound’, ‘Death In June’, ‘Current 93’, e, por incrível que pareça em uma banda de Death Rock/Neofolk dos Estados Unidos, a “1476”.
JEFF DANTES RESGATE: Quais são as ferramentas utilizadas na divulgação do seu trabalho?
Joseph Stones: Uso não só as entrevistas feitas, como o Myspace, Facebook, além de colaboradores que residem na Europa como a 'Satan's Nun', da Alemanha. Uso também o Orkut, para a divulgação nacional, digamos assim.
JEFF DANTES RESGATE: Porque Stigmata XXI? Existe algum paralelo com o filme de 1999, protagonizado pelo ator Gabriel Byrne?
Joseph Stones: Quem dera tivesse tamanha inteligência para tal. O nome Stigmata XXI, expressa todo meu interesse por culturas e religiões (pois é dito de que na maioria das culturas e religiões estigmas aparecem nas pessoas). Não sou cristão, nem algo parecido, mas tenho um pensamento de que tudo é uma coisa só, um organismo apenas, por isso a escolha do nome Stigmata. Já o XXI, representa o tempo em que vivo, e que para mim, e para grande parte dessa geração será a última época (a não ser que alguém consiga passar deste século para outro). Sobre o filme, gosto bastante dele, ele consegue representar as histórias reais de quem sofre ou sofreu disto. Já Gabriel Byrne é um ator brilhante, na minha opinião.
JEFF DANTAS RESGATE: Qual o maior obstáculo enfrentado?
Joseph Stones: O maior obstáculo está na divulgação. Como sou a única pessoa trabalhando diretamente nele, a dificuldade tende a ser muito maior. Mesmo com um povo tão diverso, o Brasil ainda é um país com gosto bastante limitado.
JEFF DANTAS RESGATE: É correta a associação entre o projeto e a subcultura gótica? Que elementos deste universo estão presentes nas músicas da Stigmata?
Joseph Stones: Primeiramente, o lirismo. Tenho como referências Allan Poe, Lovecraft, Lord Byron, Oscar Wilde, entre outros. Agora, musicalmente falando, temos ainda, a presença dos temas assombrosos, fúnebres e melancólicos.
''DJ'' CARPE RESGATE: Para encerrar nos indique uma música do stigmata XXI para postarmos ao público e nos fale o porquê da escolha.
Joseph Stones: Eu vou indicar a Tears Of Blood, pois representa independência... Novos horizontes, novas chances, mostrar do que eu mesmo sou capaz.
TEARS OF BLOOD
Site oficial: http://stigmataxxi.blogspot.com
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